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ALERTA PARA EMPRESAS - Contrato de Trabalho Verde e Amarelo - MP nº 905/201913/11/2019
Foi publicada hoje a Medida Provisória 905
de 11 de novembro de 2019, que institui o Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo, que é modalidade de contratação destinada à criação de novos postos
de trabalho a pessoas entre 18 e 29 anos de idade, para fins de registro do
primeiro emprego em Carteira de Trabalho e Previdência Social. Essa medida visa estimular a contratação de
pessoas jovens sem experiência no mercado de trabalho, através da desoneração
e isenções concedidas, e com regras mais flexíveis que as atuais, embora
garantidos aqueles previstos na Constituição Federal aos demais empregados,
assim como os direitos previstos na CLT, desde que não conflitantes com o
texto da Medida Provisória. A contratação de trabalhadores nessa
modalidade fica limitada a 20% do total de empregados registrados entre 1º de
janeiro e 31 de outubro de 2019, e será realizada exclusivamente para novos
postos de trabalho com salário que não poderá ultrapassar a 1 salário mínimo
e meio (R$ 1.497).
As empresas que demonstrarem redução de vagas superior a 30% no comparativo
entre os anos de 2018 e 2019, não precisarão demonstrar a criação de novo
posto de trabalho. O trabalhador contratado por outras formas
de contrato de trabalho (com exceção do contrato de aprendizagem,
experiência, intermitente e avulso), uma vez dispensado, não poderá ser
recontratado pelo mesmo empregador, na modalidade Contrato de Trabalho Verde
e Amarelo, pelo prazo de 180 dias, contado da data de dispensa. A norma prevê também que o contrato será por
prazo determinado por período não superior a 24 meses e valerá para qualquer
tipo de atividade, transitória ou permanente, e de substituição transitória
de pessoal permanente. A maior diferença entre os empregados
celetistas e o empregado contratado sob os termos da MP 905/2019, está na
forma de remuneração, pois esta poderá ser paga em período estipulado pelas
partes (15 em 15 dias, por exemplo), desde que não superior a 1 mês, e
envolverá de imediato o pagamento das seguintes parcelas: remuneração, 13º
salário proporcional, férias proporcionais. A medida, ainda como forma de dar segurança
jurídica a contratação, prevê o Acordo Extrajudicial de reconhecimento de
quitação de obrigações, nos mesmos moldes previstos no art. 855-B da CLT,
podendo ser homologado pela Justiça do Trabalho. Quanto ao FGTS, o valor do recolhimento
mensal será de 2%, e a multa indenizatória, que será de 20%, e poderá ser
paga mensalmente de forma proporcional, junto com a remuneração, caso assim
acordem as partes, e será pago mesmo em caso de justa causa, pois terá
caráter irrevogável. Essa medida visa a redução da carga rescisória ao
empregador. Outra vantagem concedida às empresas como
forma de estímulo é a isenção da contribuição previdenciária de 20% destinada
à Seguridade Social, assim como as alíquotas do Sistema S e do
salário-educação. O programa será financiado com a compensação da
contribuição sobre seguro-desemprego de 7,5%, também prevista na MP. Tais medidas representam uma redução de 30 a
34% no custo do trabalhador para o empregador e a contratação do trabalhador
nessa modalidade poderá ocorrer de 01 de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de
2022, podendo o prazo de 24 meses ultrapassar a data final do período de
contratação. Por tratar-se de Medida Provisória, ainda
precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional no prazo de 120 dias, mas o
Governo espera com isso criar aproximadamente 1,8 milhão de novos postos de
trabalho até dezembro de 2022. No mais, o Andrade GC Advogados fica à
disposição em caso de quaisquer dúvidas. |
Andrade GC Advogados. |
|
(92) 2126-4649 |
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm
MEDIDA
PROVISÓRIA Nº 905, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2019
O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art.
62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de
lei: CAPÍTULO
I DO
CONTRATO DE TRABALHO VERDE E AMARELO Beneficiários
do Contrato Verde e Amarelo Art.
1º Fica instituído o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, modalidade
de contratação destinada à criação de novos postos de trabalho para as
pessoas entre dezoito e vinte e nove anos de idade, para fins de registro do
primeiro emprego em Carteira de Trabalho e Previdência Social. Parágrafo
único. Para fins da caracterização como primeiro emprego, não serão
considerados os seguintes vínculos laborais: I - menor
aprendiz; II -
contrato de experiência; III -
trabalho intermitente; e IV -
trabalho avulso. Art.
2º A contratação de trabalhadores na modalidade Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo será realizada exclusivamente para novos postos de trabalho e
terá como referência a média do total de empregados registrados na folha de
pagamentos entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2019. §
1º A contratação total de trabalhadores na modalidade Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo fica limitada a vinte por cento do total de
empregados da empresa, levando-se em consideração a folha de pagamentos do
mês corrente de apuração. §
2º As empresas com até dez empregados, inclusive aquelas constituídas
após 1º de janeiro de 2020, ficam autorizadas a contratar dois empregados na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e, na hipótese de o
quantitativo de dez empregados ser superado, será aplicado o disposto no §
1º. §
3º Para verificação do quantitativo máximo de contratações de que
trata o § 1º, deverá ser computado como unidade a fração igual ou superior a
cinco décimos e desprezada a fração inferior a esse valor. §
4º O trabalhador contratado por outras formas de contrato de trabalho,
uma vez dispensado, não poderá ser recontratado pelo mesmo empregador, na
modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, pelo prazo de cento e
oitenta dias, contado da data de dispensa, ressalvado o disposto no parágrafo
único do art. 1º. §
5º Fica assegurado às empresas que, em outubro de 2019, apurarem
quantitativo de empregados inferior em, no mínimo, trinta por cento em
relação ao total de empregados registrados em outubro de 2018, o direito de
contratar na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, observado o
limite previsto no § 1º e independentemente do disposto no caput. Art.
3º Poderão ser contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo, os trabalhadores com salário-base mensal de até um salário-mínimo e
meio nacional. Parágrafo
único. É garantida a manutenção do contrato na modalidade Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo quando houver aumento salarial, após doze meses de
contratação, limitada a isenção das parcelas especificadas no art. 9º ao teto
fixado no caput deste artigo. Manutenção
dos direitos dos empregados Art.
4º Os direitos previstos na Constituição são garantidos aos
trabalhadores contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Parágrafo
único. Os trabalhadores a que se refere o caput gozarão
dos direitos previstos no Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho, e
nas convenções e nos acordos coletivos da categoria a que pertença naquilo
que não for contrário ao disposto nesta Medida Provisória. Prazo de
contratação Art.
5º O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será celebrado por prazo
determinado, por até vinte e quatro meses, a critério do empregador. §
1º O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo poderá ser utilizado para
qualquer tipo de atividade, transitória ou permanente, e para substituição
transitória de pessoal permanente. §
2º O disposto no art.
451 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943, não se aplica ao Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. §
3º O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será convertido
automaticamente em contrato por prazo indeterminado quando ultrapassado o
prazo estipulado no caput, passando a incidir as regras do
contrato por prazo indeterminado previsto no Decreto-Lei
nº 5.452, de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho, a partir da data
da conversão, e ficando afastadas as disposições previstas nesta Medida
Provisória. Pagamentos
antecipados ao empregado Art.
6º Ao final de cada mês, ou de outro período de trabalho, caso acordado
entre as partes, desde que inferior a um mês, o empregado receberá o
pagamento imediato das seguintes parcelas: I -
remuneração; II -
décimo terceiro salário proporcional; e III -
férias proporcionais com acréscimo de um terço. §
1º A indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
- FGTS, prevista no art.
18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, poderá ser paga, por acordo
entre empregado e empregador, de forma antecipada, mensalmente, ou em outro
período de trabalho acordado entre as partes, desde que inferior a um mês,
juntamente com as parcelas a que se refere o caput. § 2º
A indenização de que trata o §1º será paga sempre por metade, sendo o seu
pagamento irrevogável, independentemente do motivo de demissão do empregado,
mesmo que por justa causa, nos termos do disposto no art.
482 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943. Art.
7º No Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, a alíquota mensal relativa
à contribuição devida para o FGTS de que trata o art.
15 da Lei nº 8.036, de 1990, será de dois por cento, independentemente do
valor da remuneração. Jornada
de trabalho Art.
8º A duração da jornada diária de trabalho no âmbito do Contrato de
Trabalho Verde e Amarelo poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, desde que estabelecido por acordo individual, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho. §
1º A remuneração da hora extra será, no mínimo, cinquenta por cento
superior à remuneração da hora normal. §
2º É permitida a adoção de regime de compensação de jornada por meio de
acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. §
3º O banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual escrito,
desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. §
4º Na hipótese de rescisão do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo sem
que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, o
trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas,
calculadas sobre o valor da remuneração a que faça jus na data da rescisão. Benefícios
econômicos e de capacitação instituídos pelo Contrato de Trabalho Verdade e
Amarelo Art.
9º Ficam as empresas isentas das seguintes parcelas incidentes sobre a
folha de pagamentos dos contratados na modalidade Contrato de Trabalho Verde
e Amarelo: Produção
de efeitos I -
contribuição previdenciária prevista no inciso
I do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de
1991; II -
salário-educação previsto no inciso
I do caput do art. 3º do Decreto nº 87.043, de 22 de março
de 1982; e III -
contribuição social destinada ao: a)
Serviço Social da Indústria - Sesi, de que trata o art.
3º do Decreto-Lei nº 9.403, de 25 de junho de 1946; b)
Serviço Social do Comércio - Sesc, de que trata o art.
3º do Decreto-Lei nº 9.853, de 13 de setembro de 1946; c)
Serviço Social do Transporte - Sest, de que trata o art.
7º da Lei nº 8.706, de 14 de setembro de 1993; d)
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai, de que trata o art.
4º do Decreto-Lei nº 4.048, de 22 de janeiro de 1942; e)
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac, de que trata o art.
4º do Decreto-Lei nº 8.621, de 10 de janeiro de 1946; f)
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - Senat, de que trata o art.
7º da Lei nº 8.706, de 1993; g)
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, de que
trata o §
3º do art. 8º da Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990; h)
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, de que trata
o art.
1º do Decreto-Lei nº 1.146, de 31 de dezembro de 1970; i)
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar, de que trata o art. 3º da
Lei nº 8.315, de 23 de dezembro de 1991; e j)
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - Sescoop, de que trata
o art.
10 da Medida Provisória nº 2.168-40, de 24 de agosto de 2001. Rescisão
contratual Art.
10. Na hipótese de extinção do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo,
serão devidos os seguintes haveres rescisórios, calculados com base na média
mensal dos valores recebidos pelo empregado no curso do respectivo contrato
de trabalho: I - a
indenização sobre o saldo do FGTS, prevista no §
1º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 1990, caso não tenha sido acordada a
sua antecipação, nos termos do disposto nos § 1º e § 2ºdo art. 6º; e II - as
demais verbas trabalhistas que lhe forem devidas. Art.
11. Não se aplica ao Contrato de Trabalho Verde e Amarelo a indenização
prevista no art.
479 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943, hipótese em que se aplica a cláusula assecuratória do direito
recíproco de rescisão prevista no art.
481 da referida Consolidação. Art.
12. Os contratados na modalidade de Contrato de Trabalho Verde e
Amarelo poderão ingressar no Programa Seguro-Desemprego, desde que
preenchidos os requisitos legais e respeitadas as condicionantes previstas
no art.
3º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990. Produção
de efeitos Prioridade
em ações de qualificação profissional Art.
13. Os trabalhadores contratados na modalidade Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo receberão prioritariamente ações de qualificação
profissional, conforme disposto em ato do Ministério da Economia. Quitação
de obrigações para reduzir litígios Art.
14. Para fins do disposto nesta Medida Provisória, é facultado ao
empregador comprovar, perante a Justiça do Trabalho, acordo extrajudicial de
reconhecimento de cumprimento das suas obrigações trabalhistas para com o
trabalhador, nos termos do disposto no art.
855-B da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1943. Seguro
por exposição a perigo previsto em lei Art.
15. O empregador poderá contratar, nos termos do disposto em ato do
Poder Executivo federal, e mediante acordo individual escrito com o
trabalhador, seguro privado de acidentes pessoais para empregados que vierem
a sofrer o infortúnio, no exercício de suas atividades, em face da exposição
ao perigo previsto em lei. §
1º O seguro a que se refere o caput terá cobertura
para as seguintes hipóteses: I - morte
acidental; II -
danos corporais; III - danos
estéticos; e IV -
danos morais. §
2º A contratação de que trata o caput não excluirá a
indenização a que o empregador está obrigado quando incorrer em dolo ou
culpa. §
3º Caso o empregador opte pela contratação do seguro de que trata
o caput, permanecerá obrigado ao pagamento de
adicional de periculosidade de cinco por cento sobre o salário-base do
trabalhador. §
4º O adicional de periculosidade somente será devido quando houver
exposição permanente do trabalhador, caracterizada pelo efetivo trabalho em
condição de periculosidade por, no mínimo, cinquenta por cento de sua jornada
normal de trabalho. Prazo
para contratação pela modalidade de Contrato de Trabalho Verde e Amarelo Art.
16. Fica permitida a contratação de trabalhadores pela modalidade de
Contrato de Trabalho Verde e Amarelo no período de 1º de janeiro de 2020 a 31
de dezembro de 2022. §
1º Fica assegurado o prazo de contratação de até vinte e quatro meses,
nos termos do disposto no art. 5º, ainda que o termo final do contrato seja
posterior a 31 de dezembro de 2022. §
2º Havendo infração aos limites estabelecidos no art. 2º, o contrato de
trabalho na modalidade Contrato de Trabalho Verde e Amarelo será transformado
automaticamente em contrato de trabalho por prazo indeterminado. §
3º As infrações ao disposto neste Capítulo serão punidas com a multa
prevista no inciso
II do caput do art. 634-A da Consolidação das Leis do
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943. Art.
17. É vedada a contratação, sob a modalidade de que trata esta Medida
Provisória, de trabalhadores submetidos a legislação especial. Art.
18. Compete ao Ministério da Economia coordenar, executar, monitorar,
avaliar e editar normas complementares relativas ao Contrato de Trabalho
Verde e Amarelo. CAPÍTULO
II DO
PROGRAMA DE HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO FÍSICA E PROFISSIONAL, PREVENÇÃO E
REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO Art. 19. Fica instituído o Programa de Habilitação e
Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de
Trabalho. Produção
de efeitos Parágrafo
único. O Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional,
Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho tem por finalidade financiar o
serviço de habilitação e reabilitação profissional prestado pelo Instituto
Nacional do Seguro Social - INSS e programas e projetos de prevenção e
redução de acidentes de trabalho. Ações do
Programa Art. 20. O Programa de Habilitação e Reabilitação Física e
Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho englobará as
seguintes ações: Produção
de efeitos I -
serviços de habilitação e reabilitação física e profissional prestados pelo
INSS; II -
aquisição de recursos materiais e serviços destinados ao cumprimento de
programa de reabilitação física e profissional elaborado pelo INSS; III -
programas e projetos elaborados pelo Ministério da Economia destinados à
prevenção e à redução de acidentes de trabalho; e IV -
desenvolvimento e manutenção de sistemas, aquisição de recursos materiais e
serviços destinados ao cumprimento de programas e projetos destinados à
redução de acidentes de trabalho. Receitas
vinculadas ao Programa Art. 21. Sem prejuízo de outros recursos orçamentários a
ele destinados, são receitas vinculadas ao Programa de Habilitação e
Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de
Trabalho o produto da arrecadação de: Produção
de efeitos I -
valores relativos a multas ou penalidades aplicadas em ações civis públicas
trabalhistas decorrentes de descumprimento de acordo judicial ou termo de
ajustamento de conduta firmado perante a União ou o Ministério Público do
Trabalho, ou ainda termo de compromisso firmado perante o Ministério da
Economia, observado o disposto no art.
627-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1943; II -
valores relativos aos danos morais coletivos decorrentes de acordos judiciais
ou de termo de ajustamento de conduta firmado pela União ou pelo Ministério
Público do Trabalho; e III -
valores devidos por empresas que descumprirem a reserva de cargos destinada a
pessoas com deficiência, inclusive referentes à aplicação de multas. §
1º Os valores de que tratam os incisos I e II do caput serão
obrigatoriamente revertidos ao Programa de Habilitação e Reabilitação Física
e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho. §2º
Os recursos arrecadados na forma prevista neste artigo serão depositados na
Conta Única do Tesouro Nacional. 3º
A vinculação de valores de que trata este artigo vigorará pelo prazo de cinco
anos, contado da data da realização do depósito na Conta Única do Tesouro
Nacional. Conselho
do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e
Redução de Acidentes de Trabalho Art. 22. Fica instituído o Conselho do Programa de
Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de
Acidentes de Trabalho, com sede na cidade de Brasília, Distrito Federal. §
1º O Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e
Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho é composto por
membros dos seguintes órgãos e entidades: I - três
do Ministério da Economia, dentre os quais dois da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho; II - um
do Ministério da Cidadania; III - um
do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; IV - um
do Ministério Público do Trabalho; V - um da
Ordem dos Advogados do Brasil; VI - um
do Conselho Nacional das Pessoas com Deficiência; e VII -
dois da sociedade civil. §
2º Cada membro do Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação
Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho terá um
suplente, que o substituirá em suas ausências e seus impedimentos. §
3º Os membros a que se referem os incisos I ao III do § 1º serão
indicados pelos órgãos que representam. §
4º O membro a que se refere o inciso IV do § 1º será
indicado pelo Procurador-Geral do Trabalho. §
5º O membro a que se refere o inciso V do § 1º será
indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. §
6º Os membros a que se refere o inciso VII do § 1º serão indicados pelo
Ministro de Estado da Economia a partir de listas elaboradas por organizações
representativas do setor. §
7º Os membros do Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação
Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho serão
designados pelo Ministro de Estado da Economia para mandato de dois anos,
admitida uma recondução. §
8º A participação no Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação
Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho será
considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada. §
9º O Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e
Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho será presidido por
um dos representantes do Ministério da Economia. §
10. Ato do Poder Executivo federal disporá sobre as normas de
funcionamento e organização do Conselho do Programa de Habilitação e
Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de
Trabalho. Art. 23. Compete ao Conselho do Programa de Habilitação e
Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de
Trabalho: I -
estabelecer diretrizes para aplicação dos recursos e implementação do
Programa; II -
promover a realização de eventos educativos ou científicos em articulação
com: a) órgãos
e entidades da administração pública; e b)
entidades privadas; e III -
elaborar o seu regimento interno no prazo de sessenta dias, contado da data
de sua instalação. Parágrafo
único. O Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e
Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho, por meio de
acordo de cooperação celebrado com o Ministério Público do Trabalho e a Justiça
do Trabalho, será informado sobre as condenações judiciais e os termos de
ajustamento de conduta que resultem em valores a serem implicados no Programa
e sobre a existência de depósito judicial, de sua natureza, e do trânsito em
julgado da decisão. Extinção
de contribuição social Art. 24. Fica extinta a contribuição social a que se
refere o art. 1º
da Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001. CAPÍTULO
III DO ESTÍMULO
AO MICROCRÉDITO Art.
25. A Lei nº 13.636, de 20 de março de 2018, passa a vigorar com
as seguintes alterações: “Art.
1º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Economia, o Programa
Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado - PNMPO, com objetivo de apoiar
e financiar atividades produtivas de empreendedores, principalmente por meio
da disponibilização de recursos para o microcrédito produtivo orientado. ................................................................................................................... §
2º A renda ou a receita bruta anual para enquadramento dos
beneficiários do PNMPO, definidos no § 1º, fica limitada ao valor máximo de
receita bruta estabelecido para a microempresa, nos termos do disposto na Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. §
3º Para os efeitos do disposto nesta Lei, considera-se microcrédito
produtivo orientado o crédito concedido para financiamento das atividades
produtivas, cuja metodologia será estabelecida em ato do Conselho Monetário
Nacional, admitida a possibilidade de relacionamento direto com os
empreendedores ou o uso de tecnologias digitais e eletrônicas que possam
substituir o contato presencial, para fins de orientação e obtenção de
crédito.” (NR) |